Estilo Românico
Por volta do início do século XI, o românico se definiu como estilo na Europa ocidental, favorecido pelo poder das ordens monásticas, pelas grandes peregrinações religiosas e pelo desenvolvimento do sistema feudal.Tal estilo inspirou as produções da primeira arte tipicamente européia, pois suas manifestações se estenderam, com características semelhantes, de Portugal até o leste da Europa e das ilhas Britânicas à Itália. O românico surgiu num momento em que a cristandade se encontrava empenhada em atividade criadora e expansionista, época de reformas monásticas e de consolidação tanto do poder espiritual quanto do temporal.
A escultura Romanica
A ornamentação escultórica, frequente nos pórticos das igrejas, era também costumeira nos capitéis das colunas. Correspondia, como a pintura, a uma intenção didáctica: narrava episódios religiosos com a finalidade de doutrinar os fiéis, em sua maioria analfabetos, por meio de linguagem visual expressiva e clara.
A escultura e a pintura românicas não se propunham à representação fiel da natureza. Tendiam, antes, a uma generalização dos traços e ao expressionismo, por enfatizarem os estados psicológicos e por darem tratamento exagerado a certos aspectos da fé, de modo a realçar as representações de interesse doutrinário, como as do mal, do pecado e do inferno.
A figura humana era representada como arquétipo, e não com traços individualizados. Havia convenções para a conformação dos corpos, as roupagens e a escala das figuras, sendo maiores as que ocupavam posição superior na hierarquia (as imagens de Deus, da Virgem e dos principais santos). Essa mesma hierarquização prevaleceu na pintura.
A escultura estava intimamente associada à arquitectura. Suas figuras, assim, ora se alongavam nas colunas, ora decoravam os capitéis e arquivoltas, ora ainda compunham, nos tímpanos, cenas repletas de personagens.
Nos tímpanos, espaços semicirculares sobre as portas das igrejas, representavam-se as cenas de maior importância: o Todo-Poderoso -- o Pantocrator --, rodeado pelos símbolos dos evangelistas, ou o Juízo Final. Entre os exemplos mais significativos, destacam-se os de Moissac e Vézelay, na França, bem como os tímpanos de San Isidoro de León e da catedral de Santiago de Compostela, na Espanha.
Além de assuntos oriundos do Antigo e do Novo Testamentos, proliferaram na escultura os temas do quotidiano e os extraídos de fábulas, nos quais se alcançou elevado grau de fantasia, notável nos capitéis de claustros como o de Santo Domingo de Silos, na Espanha.
Com o tempo, a escultura românica tornou-se mais naturalista. Assim como o estilo depurado se mostrou menos rígido, menos propenso às convenções, a sujeição da escultura à arquitectura se mostrou menor, permitindo que as figuras ganhassem bastante autonomia em relação ao espaço.
Ocorreram evidentes progressos na transcrição da anatomia humana, na técnica do modelado e na expressão de sentimentos, à medida que a escultura românica distanciou-se da influência bizantina para atingir, no século XII, seu apogeu.
Este Blogue foi criado para a Disciplina de Historia Da Cultura E Das Artes, este blogue vai conter trabalhos e matérias acerca desta mesma disciplina.
domingo, 20 de fevereiro de 2011
domingo, 30 de janeiro de 2011
Igreja de S. Pedro de Rates
A fase medieval do antigo mosteiro de Rates constitui um dos mais importantes capítulos da arte românica em Portugal. A sua importância na história monacal nacional, as relações que então estabeleceu com os poderes dirigentes e a relevância das formas arquitectónicas e escultóricas aqui empregues fazem deste monumento um verdadeiro caso de estudo, cujas conclusões ultrapassam, em muito, o mero conteúdo monográfico e reflectem-se em toda a produção românica do nascente reino de Portugal.
As suas origens antecedem, todavia, a nacionalidade. A lenda perpetuou a existência de um estabelecimento cristão patrocinado por São Pedro de Rates, mítico primeiro bispo de Braga, hipótese que, como foi demonstrado, remonta essencialmente ao século XVI. Os vestígios materiais mais antigos identificados no local recuam à época romana, designadamente fragmentos de Sigillata Clara, mas os elementos que podemos relacionar com a igreja datam já do período asturiano-leonês. A partir do estudo de Manuel Luís Real, foi possível concluir pela existência de uma fase construtiva verificada entre os finais do século IX e os inícios do seguinte, a que correspondem numerosos fragmentos, entre os quais aximezes, um capitel prismático vegetalista e um altar decorado com cruz. Nas recentes escavações, o conhecimento acerca do templo pré-românico alargou-se a outros elementos, casos de um aparente ante-corpo ocidental, provável narthex do templo pré-românico. Nesta parte do edifício, foi encontrada uma estela romana, posteriormente cristianizada pelos séculos VI-VII e, ainda depois, reaproveitada na fase pré-românica.
Os avanços e recuos das campanhas românicas conferem ao monumento um estatuto ímpar, multiplicando-se as influências estilísticas, de Braga, de Coimbra, de França (Borgonha), etc. O programa iconográfico do portal principal, apesar de drasticamente reduzido, é um dos mais completos do nosso românico. No tímpano, Cristo envolvido por mandorla, é ladeado por dois profetas que espezinham duas outras figuras, que Ferreira de Almeida entende representarem “sem dúvida, Judas e o herege Ario”. No portal lateral Sul, o tímpano é envolvido por um arco cairelado e ostenta um Agnus Deiacompanhado pelos símbolos dos Evangelistas.
Muitas transformações aconteceram ao longo da História do mosteiro, que haveriam de culminar com o restauro efectuado pela DGEMN, o qual logrou reconstituir a cabeceira original, tripartida, escalonada e de planta semicircular.
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Porta Principal |
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Interior |
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Porta Lateral |
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Porta Lateral |
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Abside |
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Capitéis das Colunas |
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
Reflexão sobre o módulo 2/Auto-avaliação
No módulo 2 foi abordado a Cultura do Senado, passando pela lei e a ordem do império até a arte Romana.
Aprendi que foi uma época muito importante, Roma na Antiguidade Clássica foi um vasto império, e foi também liderado por um grande politico, Octavio Cesar Augusto.
No que diz respeito a arte tinha de ser entre o belo e o útil.
Este modulo foi o que eu achei mais interessante e por isso mesmo obtive bons resultados, sendo assim auto avalio-me com 14.
Aprendi que foi uma época muito importante, Roma na Antiguidade Clássica foi um vasto império, e foi também liderado por um grande politico, Octavio Cesar Augusto.
No que diz respeito a arte tinha de ser entre o belo e o útil.
Este modulo foi o que eu achei mais interessante e por isso mesmo obtive bons resultados, sendo assim auto avalio-me com 14.
domingo, 23 de janeiro de 2011
Feudalismo, paganismo, monaquismo, cruzadas, mosteiros.
Feudalismo:
O feudalismo foi um modo de organização social e político baseado nas relações servo-contratuais (servis).
Os senhores feudais conseguiam as terras porque o rei lhas dava. Os camponeses cuidavam da agropecuária dos feudos e, em troca, recebiam o direito a uma gleba de terra para morar, além da protecção contra ataques bárbaros Quando os servos iam para o manso senhorial, atravessando a ponte, tinham que pagar um pedágio, excepto quando para lá se dirigiam a fim de cuidar das terras do Senhor Feudal.
Paganismo:
Paganismo, é um termo usado para se referir a várias religioes não Judaico-cristãs.
Monaquismo:
O monaquismo cristão nasceu no século IV, no Oriente. Surgiu ligado ao desejo de isolamento, de evasão do mundo profano, para uma entrega mais directa a Deus, através do ascetismo, isto é, da meditação e da contemplação.
Cruzadas:
Expedições religioso-militares destinadas a libertar os lugares sagrados da Terra Santa.Pois seus participantes foram chamados de cruzados pois usavam a cruz como distintivo.
Mosteiros:
Um mosteiro é uma instituição e edifício de habitação, oração e trabalho de uma comunidade de monges ou mongas. Os mosteiros budistas são chamados de Vihara. Os mosteiros cristãos ocidentais também são chamados de abadia.
O feudalismo foi um modo de organização social e político baseado nas relações servo-contratuais (servis).
Os senhores feudais conseguiam as terras porque o rei lhas dava. Os camponeses cuidavam da agropecuária dos feudos e, em troca, recebiam o direito a uma gleba de terra para morar, além da protecção contra ataques bárbaros Quando os servos iam para o manso senhorial, atravessando a ponte, tinham que pagar um pedágio, excepto quando para lá se dirigiam a fim de cuidar das terras do Senhor Feudal.
Paganismo:
Paganismo, é um termo usado para se referir a várias religioes não Judaico-cristãs.
Monaquismo:
O monaquismo cristão nasceu no século IV, no Oriente. Surgiu ligado ao desejo de isolamento, de evasão do mundo profano, para uma entrega mais directa a Deus, através do ascetismo, isto é, da meditação e da contemplação.
Cruzadas:
Expedições religioso-militares destinadas a libertar os lugares sagrados da Terra Santa.Pois seus participantes foram chamados de cruzados pois usavam a cruz como distintivo.
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Cruzados |
Mosteiros:
Um mosteiro é uma instituição e edifício de habitação, oração e trabalho de uma comunidade de monges ou mongas. Os mosteiros budistas são chamados de Vihara. Os mosteiros cristãos ocidentais também são chamados de abadia.
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Mosteiro dos Jerónimos |
domingo, 12 de dezembro de 2010
Pintura Romana
A pintura e o mosaico documentam o modo de vida e de ser dos Romanos, pois serviram para narrar o seu quotidiano.
A primeira aparece em duas tipologias diferentes: a pintura mural, que revestia as paredes interiores dos edifícios; e a pintura móvel, realiza a encáustica sobre painéis de madeira.
As origens da pintura romana remontam aos Etruscos.Nessa civilização, a pintura teve duas funções: a de protecção e a de embelezamento.
A influencia egípcia fez-se sentir na arte do retrato.
A influencia grega é difícil de caracterizar porque não chegou aos nossos dias.No entanto, existe, referencias ás pinturas e mosaicos gregos,Outra influencia trazida da Grécia foi a pintura a imitar mármores de diversas cores.
A pintura triunfal, feita de cenas históricas, tal como aconteceu nos relevos, a pintura triunfal recorre, estilisticamente, á narrativa continua, cheia de pormenores formais.
A pintura mitologia incidia sobre os mitos e mistérios da vida dos deuses.
A pintura de paisagem inspira-se na Natureza e reveste-se de um carácter bucólico e poético.
As naturezas mortas e as cenas de género são pequenas obras primas de realismo técnico e atenção ao pormenor.
Os retratos eram executados sobre madeira metal e parede, usando diferentes técnicas.
Os Romanos utilizaram a pintura em edifícios públicos , religiosos, oficias, onde teve funções simbólicas, alegóricas e sobretudo decorativas.
A tradição do mosaico esteve ligada á pintura e é desta arte que retira o estilo e colorido.O mosaico é feito com pequenas tesselas de materiais de cores variadas, aplicadas sobre argamassa fresca que cobria os locais de suporte, inicialmente o chão, depois as paredes exteriores a ate os tectos de pequenas cúpulas.
Os grandes temas do mosaico são os mesmos da pintura .
Desenvolveram-se em composições figurativas- episódios mitológicos,
cenas de caça, jogos, cenas de género, naturezas mortas e, por vezes, passagens humorísticas, com particular evidencia para as cenas ilusórias.
A primeira aparece em duas tipologias diferentes: a pintura mural, que revestia as paredes interiores dos edifícios; e a pintura móvel, realiza a encáustica sobre painéis de madeira.
As origens da pintura romana remontam aos Etruscos.Nessa civilização, a pintura teve duas funções: a de protecção e a de embelezamento.
A influencia egípcia fez-se sentir na arte do retrato.
A influencia grega é difícil de caracterizar porque não chegou aos nossos dias.No entanto, existe, referencias ás pinturas e mosaicos gregos,Outra influencia trazida da Grécia foi a pintura a imitar mármores de diversas cores.
A pintura triunfal, feita de cenas históricas, tal como aconteceu nos relevos, a pintura triunfal recorre, estilisticamente, á narrativa continua, cheia de pormenores formais.
A pintura mitologia incidia sobre os mitos e mistérios da vida dos deuses.
A pintura de paisagem inspira-se na Natureza e reveste-se de um carácter bucólico e poético.
As naturezas mortas e as cenas de género são pequenas obras primas de realismo técnico e atenção ao pormenor.
Os retratos eram executados sobre madeira metal e parede, usando diferentes técnicas.
Os Romanos utilizaram a pintura em edifícios públicos , religiosos, oficias, onde teve funções simbólicas, alegóricas e sobretudo decorativas.
A tradição do mosaico esteve ligada á pintura e é desta arte que retira o estilo e colorido.O mosaico é feito com pequenas tesselas de materiais de cores variadas, aplicadas sobre argamassa fresca que cobria os locais de suporte, inicialmente o chão, depois as paredes exteriores a ate os tectos de pequenas cúpulas.
Os grandes temas do mosaico são os mesmos da pintura .
Desenvolveram-se em composições figurativas- episódios mitológicos,
cenas de caça, jogos, cenas de género, naturezas mortas e, por vezes, passagens humorísticas, com particular evidencia para as cenas ilusórias.
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Retrato |
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Pintura Triunfal |
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Mosaico |
domingo, 5 de dezembro de 2010
A Escultura Romana
A escultura Romana sempre revelou características realistas, centradas na personalidade do indivíduo, o que decorre da arte etruscas e helenística.
O retrato romano surge como um género artístico autónomo normalmente sob forma de busto.O seu realismo chegou mesmo a acentuar as imperfeições e as características fisionómicas dos retratados.
Assim, A escultura romana tornou eterna a memoria dos homens através de imagens reais que faziam ver o carácter, a honra, a glória e a psicologia do retratado.Estas regras de representação estiveram ligadas à função religiosa da escultura e ao culto dos antepassados herdado dos Etruscos. Era costume das famílias patrícias romanas mandarem fazer mascaras de cera dos seus mortos ilustres, que depois eram conservadas nos altares de culto doméstico as quais, depois passaram a ser reproduzidas em mármore.
Por volta do século I a.C o retrato sofreu a influencia do ideal helénico, sobretudo no retrato oficial.Os imperadores adquiriram o estatuto de deuses, pelo que os seus retratos apresentavam-nos com mais classicizante e idealizado, mais divino, mas também mais grave, de modo a serem admirados e respeitados. Executados em pedra ou bronze ou cunhados em moedas, os retratos eram o reflexo do poder imperial e um elemento de unificação de território, pois circulavam por todo o império.
Na época dos Flávios, os retratos tornaram-se mais realistas, acentuando-se o seu carácter quase fotográfico.
O Alto Império foi a época de maior produção escultórica, desenvolveu-se o gosto pelo coleccionismo, pelo desejo de ter esculturas a decorar casas, jardins e balneários.
Com a decadência do Império a escultura tornou-se mais simplificada, sofrendo influencias da estética oriental e tornando-se mais frontal e hierática.O cristianismo reduziu a representação a símbolos.O retrato oficial perdeu a carga de individualidade que lhe era característica.
As estátuas e as estátuas equestres eram reservadas ao imperador e aos chefes militares, foram usadas por Roma com a intenção de servirem as suas intenções documentais, celebradoras e comemorativas.
O relevo, subordinado à arquitectura, teve, igualmente, fins ornamentais, narrativos e históricos, relatando a História de Roma e a vida dos homens, ocupou todos os espaços em estelas funerárias, sarcófagos , altares, frisos, arcos de triunfo, colunas...
O retrato romano surge como um género artístico autónomo normalmente sob forma de busto.O seu realismo chegou mesmo a acentuar as imperfeições e as características fisionómicas dos retratados.
Assim, A escultura romana tornou eterna a memoria dos homens através de imagens reais que faziam ver o carácter, a honra, a glória e a psicologia do retratado.Estas regras de representação estiveram ligadas à função religiosa da escultura e ao culto dos antepassados herdado dos Etruscos. Era costume das famílias patrícias romanas mandarem fazer mascaras de cera dos seus mortos ilustres, que depois eram conservadas nos altares de culto doméstico as quais, depois passaram a ser reproduzidas em mármore.
Por volta do século I a.C o retrato sofreu a influencia do ideal helénico, sobretudo no retrato oficial.Os imperadores adquiriram o estatuto de deuses, pelo que os seus retratos apresentavam-nos com mais classicizante e idealizado, mais divino, mas também mais grave, de modo a serem admirados e respeitados. Executados em pedra ou bronze ou cunhados em moedas, os retratos eram o reflexo do poder imperial e um elemento de unificação de território, pois circulavam por todo o império.
Na época dos Flávios, os retratos tornaram-se mais realistas, acentuando-se o seu carácter quase fotográfico.
O Alto Império foi a época de maior produção escultórica, desenvolveu-se o gosto pelo coleccionismo, pelo desejo de ter esculturas a decorar casas, jardins e balneários.
Com a decadência do Império a escultura tornou-se mais simplificada, sofrendo influencias da estética oriental e tornando-se mais frontal e hierática.O cristianismo reduziu a representação a símbolos.O retrato oficial perdeu a carga de individualidade que lhe era característica.
As estátuas e as estátuas equestres eram reservadas ao imperador e aos chefes militares, foram usadas por Roma com a intenção de servirem as suas intenções documentais, celebradoras e comemorativas.
O relevo, subordinado à arquitectura, teve, igualmente, fins ornamentais, narrativos e históricos, relatando a História de Roma e a vida dos homens, ocupou todos os espaços em estelas funerárias, sarcófagos , altares, frisos, arcos de triunfo, colunas...
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Busto de Júlio César, século I a.C |
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Estátua de patrício, 30 a.C |
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Estátua equestre |
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Sarcófago de mármore |
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