Após a morte de Dario, rei dos Persas, em 486 a.C., sucedeu-lhe Xerxes, seu filho, que com uma atitude imperialista pretendia continuar com o plano de conquistar as cidades da Ásia Menor e da Grécia continental.
Com o objectivo de conquistar a Grécia, Xerxes preparou um vasto exército com uma infantaria bem equipada e com 1207 barcos, em que a sua tripulação reunia persas, assírios, árabes, egípcios, lídios e indianos.
Entretanto formou-se a Liga de Delos constituída por várias cidades gregas como Atenas, Esparta e Egina que se uniram e preparam para oferecer resistência.
O exército de Xerxes, saindo da Pérsia, atingiu a margem do continente vizinho, passou o Estreito de Helesponto (antigo nome do estreito de Dardanelos na Turquia) e preparou-se para a conquista. Na passagem por Termópilas derrota os Espartanos e ao chegar á Península da Ática derrota também os atenienses e destrói grande parte da cidade de Atenas. Alguns atenienses conseguem fugir para a ilha de Salamina (Costa Ocidental da Ática, Golfo da Egina), onde se refugiam.
Temístocles (comandante chefe da frota ateniense), com grande astúcia, consegue atrair o exército de Xerxes para a zona de Salamina, pois pensava que aí seria fácil derrotá-los.
Xerxes e a sua armada entram no Golfo de Salamina, no dia 29 de Setembro de 480 a.C., onde os esperam cerca de 300 barcos gregos (trirremes), leves, ágeis e velozes, que os cercaram, deixando-os sem espaço para manobras.
Os gregos, apesar da diferença numérica em relação aos persas e do grande poder bélico deste povo, conseguiram vencê-los com inteligência, estratégia, coragem e velocidade.
Esta vitória e o fim das Guerras Persas garantiram á Grécia a sua independência em relação aos persas.
Atenas é considerada a salvadora da Grécia e assume a liderança e a hegemonia ao criar a Liga de Delos (478 a.C.).
A cidade foi reconstruída e assegurou a sua protecção com a construção de muralhas á volta do Porto do Pireu. No entanto, não conseguiu criar uma união pan-helénica e a rivalidade entre Esparta e Atenas revela ser a causa do fim da Grécia.